“O tempo e o vento”, de Alma Welt (para Érico Veríssimo, in memoriam)

Para cantar o Pampa, a minha terra,
Raízes fundas lancei de umbu-pampeiro,
Aquele grande da colina, sobranceiro,
Que nada mais me ceifa ou me desterra.

Eu e a terra temos laços, somos um
E a planura se reflete em minha mirada
A buscar no horizonte como um zoom
A razão de ser poeta e desvairada.

Mas tudo que me cerca está lançado
Num livro de registros imanente
De sonetos como flores do meu prado.

E quando chegue um tempo sem memória,
Estarei plana e vasta em minha mente,
E o minuano há de contar a minha estória...

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