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Mostrando postagens de julho, 2011

Para minha Rosa Azul

Dá-me a Tua Mão Dá-me a tua mão: Vou agora te contar como entrei no inexpressivo que sempre foi a minha busca cega e secreta. De como entrei naquilo que existe entre o número um e o número dois, de como vi a linha de mistério e fogo, e que é linha sub-reptícia. Entre duas notas de música existe uma nota, entre dois fatos existe um fato, entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam existe um intervalo de espaço, existe um sentir que é entre o sentir - nos interstícios da matéria primordial está a linha de mistério e fogo que é a respiração do mundo, e a respiração contínua do mundo é aquilo que ouvimos e chamamos de silêncio. ( C larice Lispector)

Um pouquinho sobre quem somos... I

Rio Grande do Sul Falar em um Rio Grande do Sul como um estado único é quase que uma força de expressão. Porque aqui existem muitos Rio Grandes diferentes, cada qual com sua cultura, com seus rostos e falas. São as faces do Rio Grande - que são muitas. Há um Rio Grande açoriano, nas pequenas cidades do vale do Jacuí, que atualmente vivem suas pacatas vidinhas de interior, mas que já formaram a linha de defesa deste continente de São Pedro. Há um Rio Grande também português, mas com um rosto diferente, na região da Fronteira, conquistada a ferro e fogo pelos milicianos. Esses dois Rio Grandes, um de bombacha e outro em meio a procissões, têm em comum a origem - portuguesa - e a linguagem. Mas existe outro, em que as exclamações de "tche" se misturam aos "porca miseria". É o dos italianos, nas terras quebradas, com seus parreirais subindo e descendo pelas pirambeiras. Perto dali, tanto em zonas mais baixas - do vale do rio dos Sinos e outros próximo